Graduou-se em Filosofia pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro (1964), mestrado em Ciências
Familiares e Sexológicas - Universite
Catholique de Louvain (1969) e doutorado em
Ciências Familiares e Sexológicas - Universite
Catholique de Louvain (1975). Título de
Psicóloga pela Universidade de Brasília
(1976). Realizou pós-doutorado nos Estados
Unidos - St Johns University (NY 1988), e na
Alemanha - Universitat Tübingen (Tubingen,
1996). Professora emérita da Universidade de
Brasília em 2006. .Atualmente é professora na
Universidade Católica de Brasília e
Pesquisadora Colaboradora da Universidade de
Brasilia. Coordenadora do Grupo de Trabalho:
Família, processos de desenvolvimento e
promoção da saúde vinculado a Associação
Nacional de Pesquisadores em Psicologia.
RESUMEN
SIMPOSIO INVITADO
Desdobramentos da
psicologia no sistema prisional e questões
legais e normativas
No sistema
penitenciário brasileiro estão aqueles
condenados à pena de reclusão em regime
fechado. O objetivo deste simpósio será
identificar as políticas públicas de
assistência à população carcerária para a
promoção do desenvolvimento socioemocional das
mulheres antes, durante e depois do cárcere. A
partir do Levantamento Nacional de Informações
Penitenciárias (INFOPEN-BRASIL, 2014), o
número de mulheres encarceradas no Brasil era
de 5.601 em 2000 e aumentou para 37.380 em
2014. No mesmo ano do levantamento surge a
Política Nacional de Atenção às Mulheres em
Situação de Privação de Liberdade e Egressas
do Sistema Prisional (MJ/SPM nº 210/2014), que
orienta as unidades da federação pautada nas
leis nacionais e nas Regras de Bangkok (ONU).
Tendo em vista as garantias dos direitos dessa
população, serão apresentados os resultados
das pesquisas realizadas nos Presídios
Femininos de Brasília e Belém/Brasil. Foram
investigadas sob a luz da jurisprudência as
experiências maternas, o perfil
sociodemográfico das mulheres apenadas pelo
tráfico de drogas, os desdobramentos das
conflitualidade pelo ato infracional, as
repercussões psicossociais da relação entre
dependência química e tráfico de drogas, a as
redes de amizades estabelecidas antes e depois
do cárcere. Foram desenvolvidas escalas de
avaliação, ecomapas e genogramas como
instrumentos para a elaboração e análise dos
dados. As estatísticas apontam o crescimento
de famílias brasileiras monoparentais
maternas. Na prisão os estudos indicaram que
as mulheres perdem a possibilidade de
acompanhar o desenvolvimento dos filhos antes
da pena e após a lactância. Estes estudos dão
sentido as vivências das mulheres apenadas e
podem aperfeiçoar a prática clínica e o
fomento de leis, normas e políticas sociais.
Financiamento: Conselho Nacional de Pesquisa
(CNPQ) e Fundação de Apoio à Pesquisa do
Distrito Federal (FAPDF).
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